segunda-feira, novembro 04, 2013

Síndrome do andarilho.



Às vezes somos acometidos por um desespero tão intenso que a vontade é de sair do corpo. Como sair do corpo não é algo tão comum ou fácil vejo muitas pessoas sofrerem da síndrome do andarilho.

Para quem não conhece essa nova síndrome que eu acabei de inventar, eu explico, é o hábito de correr e andar por aí para organizar as ideias ou simplesmente esvaziar o peso do peito. 

Esse hábito não é tão inusitado assim inclusive o cinema já o eternizou tal comportamento no filme Forest Gump.  Um belo dia, Forest decidi correr e assim o faz seguindo os seus instintos mais profundos de organizar a mente. 

Andar ou correr alivia a tensão e faz a mente trabalhar melhor, com certeza deve ter um estudo comprovando tal fato, mas eu estou apenas escrevendo sobre a minha opinião sobre o caso.

Lembro de um amigo que ao terminar com a namorada ficou tão transtornado que decidiu andar pela cidade. Ele caminhou durante quatro horas sem rumo até ficar escuro e longe demais para que ele pudesse retornar caminhando e teve que ligar e pedir uma carona para o pai.

Outra história parecida eu ouvi de um motorista de táxi em Florianópolis. Ele me contou que uma vez foi buscar uma senhora em casa já tarde da noite e as únicas palavras que ela disse durante todo o trajeto foram: "Eu tenho cem reais e quero que você rode até consumir todo esse dinheiro e depois me deixe em casa"

A senhora não se importou com o itinerário que o taxista seguiu ela só queria mudar a paisagem, mas às vezes a má vizinhança e a disposição física não permitem essa caminhada e por isso ela teve que chamar um táxi para poder fugir das suas paredes tão conhecidas e desta agonia tão desesperadora.

Essas histórias me fazem perceber que andar é muito bom para poder gastar a raiva, a tristeza e o desespero que fica no corpo, mas sempre teremos que voltar para casa (corpo) para controlar nossos sentimentos e construir uma vida da qual não precisamos fugir.


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