quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Uma lição de como enfrentar o medo.



O filme V de Vingança nos ensina uma lição preciosa de como devemos enfrentar o medo.

O filme V de Vingança estrelado por Natalie Portman e Hugo Weaving mostra uma fascinante história sobre liberdade e cidadania em um mundo fictício de ditadura e opressão. A película teve sua estréia em 2005, mas ainda apresenta um tema muito atual.

A história central mostra um homem que luta contra a dominação de um governo opressor que se utiliza de métodos antiéticos e letais para garantir a obediência do povo. Nesta narração, V se inspira no caso de Guy Fawkes, personagem histórico que lutou pelos seus ideais. V aparece todo o tempo mascarado uma forma de se proteger da ditadura e do anonimato.

Nas manifestações ocorridas no mês de julho de 2013, muitas pessoas foram às ruas usando a máscara de Guy Fawkes como um símbolo da luta pela liberdade e pelo direito de contestação e opinião. Embora, o filme seja usado para demonstrar uma luta política ele transcende essa abordagem e ensina uma importante missão sobre como vencer os vários tipos de medo que enfrentamos na nossa rotina.

A Crença no ideal e enfrentamento do medo.

O governo apresentado pelo filme mostra pessoas cruéis e preconceituosas que não toleram homossexuais ou pessoas que de alguma forma tente se opor as suas normas. Percebemos que existe uma referência clara a Hitler e a seus métodos brutais de exercer domínio.

No entanto, o que mais chama a atenção é que apesar da crueldade e da força imposta pelo governo alguns personagens como V, Eve e Valerie se mantêm firmes na crença dos seus ideais e na valorização e preservação da sua essência. Ressalto a beleza e a força da carta autobiográfica de Valerie que diz: “Nossa integridade é vendida por tão pouco, porém é tudo que temos” 

O medo é um sentimento que precisa superado a cada dia. Quantas pessoas a sua volta são acorrentadas pelas correntes invisíveis do medo? Gente que não fala sua real opinião sobre determinados assuntos para seu chefe, seu parceiro ou para seus amigos porque têm medo da avaliação alheia. Pessoas que carregam o medo de não ser suficiente ou mesmo o medo da morte. 

A lição mais bonita do filme é quando Eve enfrenta o medo da morte e não se rende aos guardas que ameaçam matá-la para defender a integridade de seus companheiros. Nesse momento, ela vivencia a real sensação de liberdade.  Em que ela não teme as consequências ruins como a morte porque tomar atitudes com as quais ela não concorda também é uma espécie de morte.

Enfrentar o medo não é fácil, mas é possível. O filme mostra que esse enfrentamento não é imediato, mas fruto de um processo que exige coragem, consciência, tempo e maturidade psicológica. Nelson Mandela disse em seu discurso épico que: “Quando nos nós libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libertará os outros” Se liberte. Liberte o mundo.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Graus de Liberdade





Outro dia fui apresentada a um conceito da física que muito me intrigou. Meu namorado me falou sobre os graus de liberdade.  Eu nunca gostei de física, mas devo confessar que esse conceito de liberdade não pareceu chato ou enfadonho e sim poético. Bom, ao menos a parte que eu consegui entender.

E você deve estar se perguntado: “O que diz afinal esse conceito?” Calma, eu explico. Ou melhor, a Wikipédia explica: “Graus de liberdade é um termo genérico utilizado em referência a quantidade mínima de números reais necessários para determinar completamente o estado físico de um dado sistema. Este conceito é empregado em mecânica clássica e termodinâmica. Na mecânica, para cada partícula do sistema e para cada direção em que esta é capaz de mover-se existem dois graus de liberdade, um relacionado com a posição e outro com a velocidade”.

Não vou me meter a explicar física, mas eu achei muito interessante que até física tenta estabelecer numericamente a liberdade de um objeto.  E isso me fez pensar a respeito de liberdade. Será que somos realmente livres? Nossas crenças, nossos sonhos, nossa opinião sobre nós mesmos, nosso dinheiro determinam não só os fatores básicos que direcionam nossas vidas, mas os supérfluos também. 

O fato de eu ter nascido em Goiás e não em Massachusetts determina toda a minha existência. Minhas escolhas profissionais, pessoais e até os meus hábitos culinários. Você e eu somos realmente livres para escolhermos a vida desejada ou somos ancorados pelas circunstâncias reais que nós prendem? 

Pelo que pude entender somos presos, mas temos uma “pequena liberdade” que pode direcionar ou mesmo determinar nosso grau de satisfação com nós mesmos e também com o espaço tempo.  Não podemos escolher onde vamos nascer, nem mesmos algumas características genéticas (ao menos, não ainda).  

Porém, podemos escolher qual emprego teremos, determinar quanto queremos ganhar e com quem vamos nós casar.  De fato essa escolha pode demandar tempo, investimento e em alguns casos sofrimento, mas ainda que essa liberdade seja restrita, ela existe. 

É essa liberdade que define se você irá ou não postar algo estranho, obsceno ou provocativo no facebook. É essa liberdade que diz que você irá se ofender com algo ou deixará para lá, é essa liberdade que define que você irá desistir ou continuar.  Temos alguns graus de liberdade que nos separa de quem deveríamos ser.








segunda-feira, novembro 04, 2013

Síndrome do andarilho.



Às vezes somos acometidos por um desespero tão intenso que a vontade é de sair do corpo. Como sair do corpo não é algo tão comum ou fácil vejo muitas pessoas sofrerem da síndrome do andarilho.

Para quem não conhece essa nova síndrome que eu acabei de inventar, eu explico, é o hábito de correr e andar por aí para organizar as ideias ou simplesmente esvaziar o peso do peito. 

Esse hábito não é tão inusitado assim inclusive o cinema já o eternizou tal comportamento no filme Forest Gump.  Um belo dia, Forest decidi correr e assim o faz seguindo os seus instintos mais profundos de organizar a mente. 

Andar ou correr alivia a tensão e faz a mente trabalhar melhor, com certeza deve ter um estudo comprovando tal fato, mas eu estou apenas escrevendo sobre a minha opinião sobre o caso.

Lembro de um amigo que ao terminar com a namorada ficou tão transtornado que decidiu andar pela cidade. Ele caminhou durante quatro horas sem rumo até ficar escuro e longe demais para que ele pudesse retornar caminhando e teve que ligar e pedir uma carona para o pai.

Outra história parecida eu ouvi de um motorista de táxi em Florianópolis. Ele me contou que uma vez foi buscar uma senhora em casa já tarde da noite e as únicas palavras que ela disse durante todo o trajeto foram: "Eu tenho cem reais e quero que você rode até consumir todo esse dinheiro e depois me deixe em casa"

A senhora não se importou com o itinerário que o taxista seguiu ela só queria mudar a paisagem, mas às vezes a má vizinhança e a disposição física não permitem essa caminhada e por isso ela teve que chamar um táxi para poder fugir das suas paredes tão conhecidas e desta agonia tão desesperadora.

Essas histórias me fazem perceber que andar é muito bom para poder gastar a raiva, a tristeza e o desespero que fica no corpo, mas sempre teremos que voltar para casa (corpo) para controlar nossos sentimentos e construir uma vida da qual não precisamos fugir.


segunda-feira, outubro 28, 2013

A culpa é das estrelas - Uma resenha nada usual.

Acabo de ler o livro " A culpa é das estrelas". Li o livro todo em menos 10 horas. Estou me tornando realmente boa em ler livros relativamente grandes (259 páginas) em pouco tempo. Esse sempre foi o meu talento secreto. Não é nenhum mérito ler esse livro rapidamente (ele é bem escrito) e eu já gostava do John Green antes de saber que ele escrevia livros.

Eu assisto os vídeos do John Green  no youtube, ou melhor, eu tento assistir seus vídeos. Quase nunca existe legenda. Ele fala rápido demais com piadas muito específicas que meu conhecimento da cultura inglesa nem sempre consegue acompanhar, mas eu persisto porque as partes que eu entendo, são realmente relevantes e engraçadas. Quem quiser acompanhar seu vídeos é só acessar: http://www.youtube.com/watch?v=qwZIhJq9xBU

Finalmente um livro sobre adolescentes e para adolescentes que mostra uma visão realista da vida. Nada de personagens com super poderes ou de relacionamentos idealizados  ou de situações mágicas e inexplicáveis. O autor conseguiu escrever um best-seller sem nem um pingo de fantasia ou idealizações. Em crepúsculo é fácil identificar personagens idealizados, mas nesse livro não há nada idealizado. No livro  a Culpa é das Estrelas o autor mostra a vida como ela é, ou seja, diferente daquilo que a gente gostaria que fosse.

Basicamente,  o romance  mostra a vida de dois jovens adolescentes que tem câncer terminal e que são inteligentes, espertos e apaixonados. Pessoas reais, com problemas reais fazendo coisas corriqueiras como ver um filme, ler um livro, jogar videogame.

O que torna esse livro especial. É a visão que Hanzel e Gus têm da vida e principalmente a forma como eles encaram a morte.  Raramente um adolescente possui essa visão, mas eu dou um desconto porque a morte é realmente capaz de ensinar as pessoas a viverem de verdade.

Super recomendo esse livro que imediatamente entrou na minha lista de livros interessantes. Um livro bom para ler quando a chuva vem. Um livro com frases magnificas e que me fez lembrar que as coisas boas da vida podem e vão acabar de uma forma não planejada e mesmo assim fazer muito sentido.