Às vezes
somos acometidos por um desespero tão intenso que a vontade é de sair do corpo.
Como sair do corpo não é algo tão comum ou fácil vejo muitas pessoas sofrerem
da síndrome do andarilho.
Para quem
não conhece essa nova síndrome que eu acabei de inventar, eu explico, é o
hábito de correr e andar por aí para organizar as ideias ou simplesmente esvaziar o peso do
peito.
Esse
hábito não é tão inusitado assim inclusive o cinema já o eternizou tal
comportamento no filme Forest Gump. Um
belo dia, Forest decidi correr e assim o faz seguindo os seus instintos mais
profundos de organizar a mente.
Andar ou
correr alivia a tensão e faz a mente trabalhar melhor, com certeza deve ter um
estudo comprovando tal fato, mas eu estou apenas escrevendo sobre a minha opinião sobre o caso.
Lembro de
um amigo que ao terminar com a namorada ficou tão transtornado que decidiu
andar pela cidade. Ele caminhou durante quatro horas sem rumo até ficar escuro e
longe demais para que ele pudesse retornar caminhando e teve que ligar e pedir uma
carona para o pai.
Outra
história parecida eu ouvi de um motorista de táxi em Florianópolis. Ele me contou que uma vez foi buscar uma senhora em casa já tarde da noite e as únicas palavras que ela disse durante todo o trajeto foram: "Eu tenho cem reais e quero que você rode até consumir todo esse dinheiro e depois me deixe em casa"
A senhora
não se importou com o itinerário que o taxista seguiu ela só queria mudar a
paisagem, mas às vezes a má vizinhança e a disposição física não permitem essa
caminhada e por isso ela teve que chamar um táxi para poder fugir das suas
paredes tão conhecidas e desta agonia tão desesperadora.
Essas
histórias me fazem perceber que andar é muito bom para poder gastar a raiva, a
tristeza e o desespero que fica no corpo, mas sempre teremos que voltar para
casa (corpo) para controlar nossos
sentimentos e construir uma vida da qual não precisamos fugir.
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